A crise está aí. Silenciosa, mas mortífera.Têm vindo a aumentar as pequenas empresas em que o crédito mal parado - e mesmo o mais ou menos parado - vai afogando a viabilidade.Chegam-nos casos de pequenas empresas (e são estas que, no fundo, mexem com a economia local) onde o número de clientes em dívida aumentou, pondo em risco os compromissos com os fornecedores e com os trabalhadores.Uma situação que, ao ocorrer, tem um efeito dominó.E tudo isto acontece - dizem-nos - sem que o Estado (que também não é pródigo em cumprir prazos de pagamento) tenha em consideração tais factos quando estende a mão à empresa à espera dos impostos que lhe são devidos.Inclusivamente - ao que nos dizem - já chegou a exigir que uma empresa lhe pague o que deve a um fornecedor, já que este não paga ao Estado.São episódios que, no fundo, demonstram que anunciar apoios (que, muitas vezes, chegam atrasados) não é a única opção para inverter a crise que afecta um tecido empresarial frágil e extremamente dependente.Acarinhar as pequenas e médias empresas locais (as empresas, não os empresários) será mais benéfico para a saúde social das ilhas do que atirar-lhes um suculento bife que podem vir a não conseguir comer.Uma atitude que deve estender-se a todos os organismos públicos, governamentais ou autárquicos.Perceber que as PME’s são, de facto, o verdadeiro motor da economia insular é o primeiro passo. Olhá-las com outros olhos será o segundo.
Publicado na edição de 23.10.2008 do Diário Insular.
#vergonha
Há 2 semanas
1 comentário:
sobre blogues, uma ideia, criar secção blogues em papel a par dos jornais nacionais. Teriam informação que da para uma página e de qualidade
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